E nessa atmosfera de calor seco depois de um dia esquisito que eu fico assim, meio sem ar. Sim, vieram aqueles anos que eu tanto evitava em ter. Os 18, lembra? Acho que nunca cheguei a confessar o meu medo sobre tê-los. E agora que os tenho fico meio assim... com um copo de coca cola na mão e com um vazio na outra. Talvez eu esteja fazendo muito drama sobre isso. O melhor seria nem pensar sobre o quanto estou adulta agora... a quantidade de falhas que vim acumulando... a deformação que elas fizeram em mim... o fardo, as obrigações, o espelho, o orgulho. Não, não é uma crise. Não, não sei...
Talvez seja o calor, ou o sono, ou o vento que nunca sopra. Talvez sejam os livros, aqueles, Franchos, que eu queria ler na biblioteca. Na nossa biblioteca-esconderijo daquela sexta de fim de mundo. Talvez seja essa obrigação que despenca do céu e me berra aos ouvidos o tanto que preciso ler e ser e ver e tudo... tudo. Chega uma época, na qual você olha tudo com um desapego... as pessoas, as estradas e as conversas tão ocas e tão embrulhadas em celofane amarelo. Essa época é a atual. Indiferença.
7 comentários:
"Na nossa biblioteca-esconderijo daquela sexta de fim de mundo." =)
Lembro como se fosse ontem... "Fluffy Franchos!"
Rô, imagino o peso que você deve estar sentindo sobre seus ombros. Essa obrigação que a gente evita falar, mas que berra surda nos seus ouvidos, agora esse pequeno número que no entanto parece ser tão grande...
É como aquela folha de papel em branco posta à nossa frente (lembra da carta?). É você e ela, e mais ninguém. O que escrever, o que fazer com o tempo que se tem, o que escolher?
E dessa vez não tem borracha para apagar o passado e as falhas.
Mas você não tem que se preocupar com isso. As suas falhas não te deformaram... Não, fizeram você ser quem você é hoje, e isso é o que mais importa. Você tem escrito bem o seu caminho. Foram 18 anos de mais acertos do que erros. 18 anos plantando e colhendo (sim, você já colheu muito, embora possa achar que não).
Quanto à indiferença, não sei se conforta dizer que passo por fase parecida. Mas há momentos em que ainda sinto o sabor, em que esqueço o desapego e rasgo o celofane, jogando-o longe. Tente.
Espero que vá à Anápolis este fim de semana. Precisamos comemorar!!
Um telefonema não posso dar agora, pois já é sabido a minha situação atual. Mas amanhã, quando voltar, ligarei. Aguarde. =)
O mais sincero abraço.
Franchos! =D
Rodney... você também foi pega pelo fantasma da vida adulta?
Eu bem que tentei avisar o Francisco...
tudo em vão...
schilépt...
hehehe
Franchesco... só falta você...
mas calma, Rodney...
ninguém é tão adulto quanto pensa...
e nas palavras de um velho sábio...
"Se você é jovem ainda
jovem ainda
jovem ainda
amanhã velho será
velho será
velho será
ao menos que o coração
que o coração sustente...
a juventude...
que nunca morreráaaaáá..."
Censurados musicalmente pelo senso comum...
¬¬
Indignação JÁ!
"and by the way, everything in life is writable..."
chamo de 'cosmos'
Que saudade que eu estou de vc, Rody!
ainda bem que nao deixou de escrever, mas vc nem entra masi no msn :/
:*
vizinha,foi realmente muito bom ler sua saudade
ando em transição,voltarei em breve ou nunca mais.Me espere na rua número zero
beijos
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