Agora, não importa, não importa se já é tarde, se os pássaros choram lá em cima, se o próprio dia tem ojeriza de nascer de novo e de novo. Agora, até o mais pálido ódio daquela impotência e vontade absurda de retribuir o indiscutível se pintou. Imperecível é aquela tarde que morreu em garfadas sulfúricas de sorriso.
Os minutos esvaziarão aquelas caixas de saudade e amanhã, o dia será macio como nunca foi. E virão todos os argumentos, todas impossibilidades, todo o ferro fundido e não liquefeito. Virão as regras, os espartilhos, a dificuldade. A minha falta, a sua falta. Talvez, o meu exagero também acompanhe os pratos esvaziados de tristeza. Talvez, o talvez deixe de me alucinar... As velas dos meus barcos serão erguidas novamente, e só assim... só assim, podrei fazer aquilo que sempre quis: me perder no mais cheio de liberdade futuro azul.