Ela olhou para o mar... O calor extenuante pesava sobre seus ombros como um fardo amarelo e divinamente dourado. Talvez ela brilhasses como aquelas ondas gigantes se quebrando uma após a outra. Ondas colossais que no fim eram dissolvidas em espuma. Reduzidas a silêncio, à calma.
Ela olhou o mar. Não, dessa vez ele não era azul ou verde. Cinza e gelado vinha de uma vez comer a areia e lamber seus pés. As gaivotas borravam o céu com sua melodia morna, singela. Os grãos, aqueles de areia, incrustavam em seus pés, grudavam em seus dedos e tentavam penetrar sua alma de alguma forma. Eufemismo... os grãos não queriam penetrar! Nunca! Roubariam, se pudessem a vida, a tristeza e a euforia. A necessidade do movimento para eles era fundamental.
O mar, a completude, a vastidão. Tudo mergulhado num eterno preto e branco cheio de horas, de medo, de espera. "Calma!" Berram as gaivotas lá em cima. Alma, alma, alma! São os grãos, em sua tirania parasita e aderente. O mar cheio das ondas e sua sede... A sede, em sua impotência diante do mar. A coragem se esconde... impossível sorver tanto sal, tanto silêncio. A sede paralisa e lhe corta as pernas. Para sempe condenada a olhar tanta água em sua inutilidade.
" Golden waves
In all directions
I could lose my soul right here
Colour lights
On the runway
Makes a stranger feel unchained
I'm running after time and I miss the sunshine
Summer days will come
happiness will be mine
I'm lost in my words I don't know where I'm going
I do the best I can not to worry about things
I feel loose
I feel haggard
Don't know what I'm looking for
Something true
Something lovely
That will make me feel alive"
That is the "song that lasts all night/And for the rest of our lifes". Nothing more appropriated...