quinta-feira, 10 de julho de 2008

Sobre a sensação de não haver um onde

Meu suspiro sumiu. Alguém veio e o levou. Agora só existe aquela minha sensação de ter perdido os pés pelo caminho (sem tijolos amarelos) que vim trilhando. É assim que me desencontro no meu quarto-pequena-Sibéria... E me vem a lembrança daquele final de semana estranho que me serviu como uma luva de quatro dedos:

Eu... sentada em um banco de concreto desgastado, no meio de tantas pessoas absortas. Veio um ônibus e as levou... Vieram outras pessoas coloridas com seus pés e novamente um outro ônibus passou e as levou longe, longe... lá para o infinito de suas casas pastéis. E quanto a mim? "E quanto a mim?" Meus pés perguntam, como naquele poema do Drummond... E todo o meu ser se cala, porque sabe que nenhum ônibus virá para me buscar.

Talvez seja por isso que meus pés se perderam - para não dizer que me abandoram... Mas é que... me entendam, levaram meu suspiro, levaram tudo que havia em mim... e agora, não há quem queira me levar. E não... não há lágrimas dessa vez, apenas anacolutos e um pouquinho de Yann Tiersen para ver se me renasce o que levaram de mim... pra ver se preencho a minha casca vazia de absurdo estado febril!

3 comentários:

Sofia Fada disse...

OI! Obrigada pelo seu comentário carinhoso. Gostei muito deste seu último texto.
Virei sempre aqui e fique à vontade para me visitar sempre que quiser também.
Depois vou colocar outras músicas minhas lá...


bjs!
Sofia

Lupe Leal disse...

o pior é que há quem não queira ser buscado.

Francisco Filho disse...

Esperei sua ligação... Esperei o encontro. Não ocorreu. =/
Hoje fiz os 18. Aqueles...
Estou feliz. =)
Viajo segunda, volto domingo e parto de vez em agosto. Precisamos nos ver antes!!
Precisamos.

Falta.