terça-feira, 7 de julho de 2009

Melodies and desires

Então, ele apareceu. Não brotou do asfalto, como a flor que eu queria, mas veio. Veio dentro de uma sala cinzenta com tijolos amarelos repletos de dor, sala abstrata, impalpável. Embrulhado em sorrisos, comentários elegantes, ele me fez perceber que nossas mãos não precisam se entrelaçar, para estarmos unidos. Nossas almas já entraram em simbiose há tanto... que nem mais sei qual parte de mim segue comigo e qual parte minha vai com ele.

Eu, cética... abandonada em mim, consegui encontrar o amor puro. Aquele, que enleva, faz a alma descansar no perfume mais acalentador e faz os olhos repousarem nas palavras mais exatas. Sim, ele mais escreve do que diz, e isso é absurdamente mais delirante para meus ouvidos do que a genialidade de Vivaldi.

Meus sorrisos, causados por ele,
me transfiguram a cara. As gargalhadas, vindas da profundidade da minha garganta, maculam o ar e abusam dos tímpanos dos outros (bluh, bluh, bluh)... mas quer saber, a felicidade é assim mesmo: deformante.


Um comentário:

VP! disse...

felicidade deformante, é uma realidade, acho ser esse o maior pecado humano: quase nunca encontramos felicidade plena.

gosto muito da forma como usa as palavras, de toda variação usada.

e obrigado pela ajuda!